A RAÇA NEGRA
Depois da Raça Vermelha
foi a Raça Negra que dominou o globo. É, preciso procurar o tipo superior não
no negro degenerado, mas no Abissínio e no Núbio, nos quais se conserva o molde
desta Raça que um dia atingiu o Apogeu. Em tempos pré-históricos, os Negros
conquistaram o Sul da Europa, tendo sido depois rechaçados pelos Brancos. Sua
lembrança foi completamente apagada de nossas tradições populares, entretanto
ali deixaram duas marcas indeléveis: o horror ao Dragão, o emblema de seus
Reis, e a ideia de que o Diabo é negro. Os Negros devolveram o insulto a Raça
rival fazendo branco o seu próprio diabo. No tempo de sua soberania, os Negros
tiveram centros Religiosos no Alto Egito e na Índia. Suas cidades ciclópicas
guarneciam as montanhas da África, do Cáucaso e da Ásia Central. Sua
organização social consistia em uma Teocracia absoluta. No ápice, Sacerdotes
temidos como se Deuses o fossem; embaixo, tribos inquietas, sem família
reconhecida, as mulheres eram suas escravas. Esses Sacerdotes possuíam
conhecimentos profundos, o princípio da Unidade Divina do Universo e o culto
aos Astros, que sob o nome de Sabeísmo, se infiltrou entre os Povos Brancos.
Mas entre a ciência dos Sacerdotes Negros e o fetichismo grosseiro das massas,
não havia absolutamente intermediários, nem a arte idealista nem Mitologia sugestiva.
De resto uma indústria já adiantada, sobretudo a arte de manejar massas de
pedras colossais, por meio da balística, e de fundir metais nas imensas
fornalhas, nas quais trabalhavam os prisioneiros de guerra. Nessa raça poderosa
pela resistência física, pela energia passional e pela capacidade de dedicação,
a Religião foi, entretanto, o Reinado da força pelo terror. A Natureza e Deus
quase não se mostram à consciência desses povos infantis, a não ser sob a forma
do Dragão, O terrível animal antediluviano que os Reis mandavam pintar em suas
bandeiras e que os Sacerdotes esculpiam no alto das portas de seus templos.